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“Se Jesus estivesse entre nós e multiplicasse o pão, seria multado em R$ 17 mil”

Projeto polêmico restringe doação de comida em São Paulo: críticas e mobilização crescem.

Em mais uma polêmica medida, a extrema direita na Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, um projeto que impõe regras rigorosas e multas para quem doar comida. O projeto, que vem gerando intensa repercussão e críticas, é de autoria do mesmo vereador investigado por ter criado uma CPI contra o Padre Júlio Lancellotti, conhecido por seu trabalho humanitário com moradores de rua.

A nova legislação estabelece uma série de requisitos burocráticos para a doação de alimentos, impondo penalidades financeiras para aqueles que não cumprirem as novas normas. Os críticos argumentam que a medida prejudica diretamente os esforços de entidades e voluntários que atuam no combate à fome na cidade, especialmente em tempos de crise econômica.

A aprovação do projeto é vista como mais uma ação controversa da extrema direita, que recentemente tentou privatizar as praias e obrigou uma criança a levar adiante a gravidez resultante de estupro. Essas iniciativas têm sido apontadas por opositores como parte de uma agenda que visa restringir liberdades e direitos fundamentais, enquanto promove políticas de exclusão e repressão.

Para muitos, a tentativa de limitar a doação de comida é um reflexo da insensibilidade social e da falta de compromisso com a dignidade humana por parte dos proponentes. Organizações de direitos humanos e movimentos sociais já se mobilizam para contestar o projeto e pressionar pela sua rejeição nas próximas votações.

O vereador responsável pelo projeto, cuja reputação já estava abalada pela investigação relacionada à CPI contra Padre Júlio Lancellotti, enfrenta agora um aumento na desaprovação popular e nas críticas de seus pares na Câmara Municipal. A situação acirra ainda mais os ânimos no cenário político paulistano, que tem sido marcado por intensos debates e polarizações.

Enquanto isso, a população mais vulnerável aguarda com apreensão os desdobramentos dessa decisão, temendo que suas já limitadas fontes de apoio se tornem ainda mais escassas diante de novas restrições legais.

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