Ronaldo Fenômeno anunciou a retirada de sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O ex-jogador revelou, por meio das redes sociais, que 23 das 27 federações estaduais recusaram se reunir com ele, dificultando sua viabilidade na disputa.
Além da resistência das federações, um possível conflito de interesse também pesou contra Ronaldo. O ex-atacante ainda tem a receber R$ 27,5 milhões anuais até 2035, fruto da venda da SAF do Cruzeiro, clube que comandou desde 2021. Essa ligação com a Raposa enfraqueceu suas chances políticas no futebol brasileiro.
Para registrar uma candidatura oficial à presidência da CBF, é necessário o apoio de, pelo menos, quatro federações e quatro clubes, algo que Ronaldo não conseguiu alcançar. Entre as lideranças que recusaram seu convite estão os presidentes das federações do Distrito Federal e de Pernambuco, enquanto a Federação Paulista de Futebol sequer respondeu ao pedido.
Os documentos da Junta Comercial confirmam que Ronaldo receberá parcelas anuais milionárias do Cruzeiro, com a primeira vencendo em julho de 2024. O ex-jogador comandou o clube mineiro até a venda da SAF, concretizada em abril deste ano.
A desistência de Ronaldo muda o cenário da eleição na CBF, que segue sendo dominado por figuras tradicionais da entidade.
