SALVADOR – Chuva perde força no final de semana
Em 72 horas, os maiores acumulados de chuvas foram registrados em Fazenda Coutos (130,6 mm), em Valéria (117,6 mm) e Periperi (110, 6 mm), localidades onde houve ocorrência de alagamento. Neste período, choveu quase o dobro da média histórica esperada para todo o mês de janeiro, que é de 82,5 mm. As chuvas tiveram início na noite do dia 30 para a madrugada de 31, quando foram registrados 55 mm na área da Boca do Rio, o que obrigou a organização do show da virada a cancelar as últimas apresentações por motivos de segurança.
As chuvas decorrem do fenômeno Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), que faz com que os ventos nos níveis mais altos da atmosfera girem no sentido horário, fazendo com que o ar seco desses níveis mais altos desça para a superfície, provocando a queda de água. Nesta sexta-feira (3), os maiores acumulados registrados no intervalo de uma hora concentraram-se na região do Subúrbio, nas localidades de Periperi (58,8mm), Fazenda Coutos (56,4mm), Valéria (53,2 mm), Mirante de Periperi 50,4mm, Palestina (36,2) mm e Praia Grande (35,8).
Ocorrências – A Codesal recebeu 210 solicitações até as 15h20 desta sexta-feira. Foram 66 alagamentos de imóveis, três alagamentos de área, 27 ameaças de desabamento, uma ameaça de desabamento de muro, 17 ameaças de deslizamento, cinco árvores ameaçando cair, uma árvore caída, uma avaliação de área, 21 imóveis alagados, um desabamento de imóvel, dois desabamentos de muro, três desabamentos parciais, 45 deslizamentos de terra, dois destelhamentos, um incêndio, oito infiltrações e seis orientações técnicas.
Banho de mar – Mesmo com o tempo instável, as praias de Salvador ainda atraem muitos banhistas, em especial turistas que lotam à capital baiana nesse período da alta estação. Com a mudança do tempo, o ideal é evitar os banhos de mar, alerta a Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). De acordo com o coordenador da Salvamar, Yuri Carlton, é preciso ficar atento à mudança constante de temperaturas. “Se começa a chover forte, é melhor não entrar. Com fortes chuvas, o salvamento fica mais difícil”, assinala.
Segundo a Salvamar, as pessoas devem ficar atentas aos símbolos disponíveis ao longo da orla. A bandeira verde indica local apropriado para banho, a amarela onde há um posto de salvamento e a vermelha mostra que a praia oferece perigo. Além das bandeiras nessas três cores, existem placas de sinalização em toda a extensão da orla, com descrições em português e inglês sobre a condição do mar naquela localidade.
Existem 32 postos fixos da Salvamar distribuídos do Jardim de Alah até Ipitanga, cada um deles com dois salva-vidas. Funcionam diariamente das 9h às 18h. Além desses, quatro postos móveis percorrem a região com supervisores para auxiliar os trabalhos e atendimentos. Na lista das praias mais perigosas para banho estão Piatã e Jaguaribe.
A Salvamar orienta ainda que banhistas sigam sempre as orientações dos profissionais sobre os melhores locais para banho. É recomendado também observar o nível da água até a cintura para o banho seguro e que seja evitado o uso de bebida alcoólica antes de entrar no mar. Atualmente, o órgão tem 239 funcionários entre os setores administrativo e operacional.
Semanalmente, o efetivo participa de capacitações e treinamentos físicos e técnicos intensivos através do Setor de Treinamento (Setre), no intuito de prepará-los para atender os banhistas de forma mais ágil e eficiente. Em caso de emergência, é necessário ir ao posto mais próximo ou ligar para a sede do grupamento, localizada na Avenida Otávio Mangabeira, Patamares, através do número (71) 3363-5333.