Eduardo Bolsonaro Retorna aos EUA em Campanha Contra Alexandre de Moraes
Deputado busca apoio de autoridades americanas para aplicar sanções ao ministro do STF, ampliando confronto político no Brasil e no exterior.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) retornou aos Estados Unidos pela quarta vez em 2025 para intensificar sua campanha contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em sua visita, o parlamentar brasileiro se reuniu com membros do governo americano em Washington, sem revelar detalhes sobre as autoridades com quem conversou, mas reafirmando a busca por apoio para pressionar o STF.
Em uma live com o influenciador Paulo Figueiredo, Eduardo relatou os encontros, que fazem parte de uma ofensiva para convencer autoridades dos EUA a aplicar sanções contra Moraes, incluindo a perda de visto e o congelamento de contas no exterior. A estratégia é baseada na Lei Magnitski, que permite a imposição de restrições a indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos.
A visita acontece em meio a uma crescente tensão política no Brasil. O Partido dos Trabalhadores (PT) acionou o STF solicitando a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro, acusando-o de cometer crimes contra a soberania nacional durante suas viagens aos EUA. A medida foi amplamente criticada pelos bolsonaristas, que alegam tratar-se de uma perseguição política com o intuito de barrar sua ascensão à Comissão de Relações Exteriores.
Bolsonaro, que foi indicado pelo PL para liderar o colegiado, também se posicionou em defesa de seu filho, questionando a legalidade das ações do STF. A ofensiva ocorre enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta uma possível denúncia no STF sobre sua envolvimento em uma trama golpista de 2022, com julgamento previsto para o final de março.
A proposta de sanções contra Moraes é um dos pilares da estratégia, com aliados de Eduardo Bolsonaro buscando apoio entre republicanos e democratas nos EUA. Além disso, a proposta “No Censors on our Shores Act”, que visa a deportação de figuras consideradas inimigas da liberdade de expressão, ganha força no Congresso americano, com expectativas de aprovação nos próximos meses.
Enquanto isso, Eduardo mantém sua posição de permanecer nos EUA, em defesa de sua liberdade de ação e para continuar a batalha contra o ministro do STF.