Líder de Grupo de Tráfico de Maconha Líquida em Salvador Tem Prisão Mantida pela Justiça

A Justiça decidiu manter a prisão temporária de Vitor Lobo, acusado de liderar um esquema de venda clandestina de maconha líquida em Salvador. A decisão foi tomada após audiência de custódia nesta terça-feira (11). Lobo, que é ex-presidente da Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED), ficará preso à disposição da Justiça por 30 dias, período que pode ser revogado.

A prisão de Lobo ocorreu durante uma operação do Departamento de Narcóticos (Denarc). O objetivo da operação foi desarticular uma organização criminosa envolvida na comercialização de maconha líquida para uso recreativo em cigarros eletrônicos. Além de Vitor Lobo, outro suspeito foi preso em São Paulo, e houve ações também no Paraná. Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, além dos dois mandados de prisão.

A investigação teve início em outubro de 2022 e revelou a comercialização de cannabis líquida com altos níveis de tetrahidrocanabinol (THC) para fins recreativos, prática proibida. De acordo com o delegado Guilherme Machado, a empresa de Vitor Lobo possuía autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fornecer cannabis líquida a pacientes com indicação médica. No entanto, a investigação indica que essa autorização foi utilizada para a comercialização de produtos para uso recreativo, configurando tráfico de entorpecentes.

Durante a operação, foi apreendida uma grande quantidade de maconha líquida em diferentes formas, como potes, refis e canetas, além de drogas em natura e munições. A polícia também investiga possíveis conexões de Lobo com outros envolvidos, incluindo um médico infectologista. A operação marcou a primeira apreensão de maconha líquida com características de uso em cigarros eletrônicos no estado. As perícias e análises dos materiais apreendidos serão realizadas para aprofundar as investigações e identificar a extensão da atividade criminosa.