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Número de mortos em Gaza ultrapassa 50 mil após retomada dos ataques israelenses

Ministério da Saúde do território relata mais de 400 mortos em um único dia, enquanto Israel expande ofensiva terrestre e bloqueia entrada de ajuda humanitária

O número de palestinos mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas ultrapassou 50.000, segundo o Ministério da Saúde do território. Somente nas últimas 24 horas, foram registradas 41 novas mortes, elevando o total para 50.021. O número real pode ser ainda maior, devido à presença de corpos sob escombros.

As mortes aumentaram significativamente desde a retomada da guerra na última semana, após o fim de um cessar-fogo de dois meses. Na terça-feira (18), ataques aéreos israelenses deixaram mais de 400 mortos, tornando-se um dos dias mais letais do conflito. No dia seguinte, Israel relançou sua operação terrestre no enclave.

A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou um ataque surpresa contra Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, de acordo com autoridades israelenses. Desde então, os confrontos resultaram em uma catástrofe humanitária. A população de Gaza, estimada em mais de 2 milhões de pessoas, foi quase totalmente deslocada, e o sistema de saúde do território está em colapso.

O Hamas classificou a nova ofensiva como uma violação perigosa do acordo de cessar-fogo, mas na quinta-feira (20) disparou foguetes contra Israel pela primeira vez desde a retomada dos ataques. Autoridades israelenses alertam que as operações militares devem se intensificar. O Ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o exército continuará expandindo sua presença em Gaza até que todos os reféns israelenses sejam libertados.

A crise humanitária se agrava com o bloqueio de ajuda por Israel, dificultando o acesso a alimentos e suprimentos médicos. Enquanto isso, negociações para um novo cessar-fogo seguem em impasse, com o Hamas insistindo no cumprimento do acordo assinado em janeiro, que previa a retirada total de Israel do território e o fim definitivo da guerra.

As Nações Unidas e o Departamento de Estado dos EUA afirmam que os números de vítimas reportados pelo Ministério da Saúde de Gaza são confiáveis, e estudos independentes indicam que o verdadeiro número pode ser ainda maior.

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