Bahia lidera em obras inacabadas do Minha Casa Minha Vida, mas programa movimenta quase R$ 40 bilhões no estado
Desde 2009, a Bahia se destaca como segundo estado com maior investimento no programa, atrás apenas de São Paulo, mas enfrenta desafios com mais de 10% das construções não concluídas.

Desde seu lançamento em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) tornou-se um dos principais projetos habitacionais do Brasil, com o objetivo de oferecer moradia a famílias de baixa renda. Na Bahia, estado que ocupa posição de destaque nas estatísticas de extrema pobreza segundo o IBGE, o programa movimentou R$ 39,9 bilhões ao longo de sua história, tornando-se o segundo estado com maior volume de recursos, atrás apenas de São Paulo, que registrou R$ 64,8 bilhões em investimentos.
Dentre as mais de 58 mil moradias construídas pelo programa na Bahia, cerca de 53 mil foram financiadas com recursos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, ambos sob gestão do governo federal. Apesar dos números expressivos, o estado enfrenta desafios significativos: a Bahia lidera o ranking nacional de obras inacabadas do programa, com 569 construções não concluídas, o equivalente a 10,9% do total de 5.187 obras paralisadas em todo o Brasil.
Das 785.859 unidades habitacionais previstas para a Bahia, 740.732 já foram entregues, deixando ainda uma lacuna no cumprimento total das metas. O desempenho é similar ao de São Paulo, que entregou 837.733 unidades de um total de 911.270 previstas.
A alta taxa de obras inacabadas no estado baiano gera preocupações sobre os impactos sociais e econômicos do programa, especialmente em regiões com alta vulnerabilidade. Especialistas destacam a importância de fortalecer a gestão e o acompanhamento das obras para garantir que o Minha Casa Minha Vida cumpra seu propósito de reduzir o déficit habitacional no Brasil.