Desdobramentos da Operação: Bolsonaro tem passaporte apreendido e é proibido de falar com investigados
A Polícia Federal (PF) iniciou uma operação nesta quinta-feira, tendo como principal alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL). Agentes da PF estiveram na residência de Bolsonaro, localizada em Angra dos Reis, onde apreenderam o celular de um de seus assessores, Tercio Arnaud Tomaz. Em uma medida inédita, o ex-presidente foi intimado a entregar seu passaporte, que não foi encontrado durante a busca na residência.
De acordo com informações da PF, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, expediu as ordens da operação, que incluem não apenas Bolsonaro, mas também outros nomes de destaque como Braga Netto, Augusto Heleno, Valdemar Costa Neto e outros aliados do ex-presidente.
A ação da PF tem como objetivo apurar uma suposta organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado, visando à abolição do Estado Democrático de Direito, com o intuito de obter vantagens políticas relacionadas à permanência do então presidente da República no poder.
Em uma decisão que reflete a gravidade das acusações, Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro não pode manter contato com outros investigados durante o curso das investigações. O passaporte do ex-presidente deverá ser entregue no prazo de 24 horas, sob pena de medidas mais severas.
Vale ressaltar que Jair Bolsonaro já enfrenta outras complicações legais, tendo sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques e desinformação sobre o sistema eleitoral. Atualmente, ele encontra-se inelegível até o ano de 2030, e esta nova operação da PF adiciona mais um capítulo à série de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). O país aguarda atentamente o desenrolar dos acontecimentos e as possíveis ramificações políticas deste desdobramento.