O líder opositor russo, Alexei Navalny, faleceu nesta sexta-feira aos 47 anos na prisão, gerando comoção e dúvidas sobre as situações de sua morte. Navalny, conhecido por sua luta anticorrupção e críticas à elite governante, cumpriu uma pena de 19 anos por “extremismo” desde sua detenção em janeiro de 2021, após retorno da Alemanha, onde se recuperou de um envenenamento que atribuiu ao Kremlin.
Navalny, ex-advogado, liderou movimentos de oposição, liderando milhares de ruas na década de 2010 em protestos contra o presidente Vladimir Putin. Sua trajetória ganhou destaque internacional, especialmente após o envenenamento em 2020, que resultou em sua prisão ao retornar à Rússia.
A prisão de Navalny, conhecida como Lobo Polar e situada a 60 km ao norte do Círculo Polar Ártico, é notória por suas condições rigorosas, com temperaturas que podem atingir -28°C no inverno. Seu desaparecimento por duas semanas em dezembro de 2023, acompanhado por relatos de condições precárias, aumentou as preocupações sobre sua saúde.
A morte de Navalny ocorre a menos de um mês da eleição presidencial russa, que dará a Putin mais um mandato de seis anos. Sua trajetória foi destaque no documentário vencedor do Oscar em 2023, centrado no envenenamento que marcou um capítulo sombrio na política russa.
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, enquanto críticos acusam o governo russo de repressão política e questionam as acusações suspeitas em torno da morte do líder opositor.
