Crise na Segurança: Fuga de Detentos Expõe Falhas em Penitenciária de Mossoró
A penitenciária de segurança máxima de Mossoró tornou-se o epicentro das preocupações no noticiário policial após a fuga de dois detentos nos últimos dias. A busca incansável por Rogério Mendonça e Deibson Nascimento já está em seu quinto dia, revelando uma série de falhas preocupantes na infraestrutura e vigilância do presídio.
Um dos pontos cruciais identificados foi o mau funcionamento das câmeras de segurança, elemento fundamental para a vigilância do complexo prisional. Segundo um relatório de inteligência produzido em maio de 2021, pelo menos 124 unidades dessas câmeras espalhadas pelo presídio estavam apresentando problemas. O documento indicou que o sistema de monitoramento, adquirido em 2009, estava obsoleto e necessitava de modernização.
À época do relatório, durante a gestão do então presidente Jair Bolsonaro, apontava-se que incidentes graves não estavam sendo devidamente registrados devido a essa falha no sistema de vigilância, uma situação que até o momento não foi corrigida.
Outro ponto destacado em um relatório de inteligência policial datado de agosto do ano passado, já sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, apontou a omissão e o descaso para com a penitenciária como facilitadores para a fuga dos dois criminosos. O documento ressaltou que a falta de manutenção e atualização do sistema de monitoramento contribuiu significativamente para a fuga.
Além disso, o relatório mencionou que as tubulações na região estavam desprotegidas, alertando para a necessidade urgente de resolver esse problema. A vulnerabilidade era tamanha que qualquer detento poderia acessar o espaço simplesmente retirando a luminária do local.
A situação expõe uma crise na segurança da penitenciária de Mossoró e levanta questões sobre a eficácia das políticas de manutenção e modernização nos presídios brasileiros. Autoridades locais estão sob pressão para tomar medidas imediatas e garantir a segurança pública na região.