Após intensas negociações que se estenderam por dez horas, os 26 países que compõem a União Europeia, excluindo a Hungria, divulgaram um comunicado conjunto na última segunda-feira (19), pedindo um cessar-fogo humanitário na faixa de Gaza. A decisão foi tomada em resposta aos recentes ataques de Israel contra os palestinos, que foram condenados pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em uma quebra da convenção da UE, que permite que qualquer país vete uma resolução, os países decidiram seguir adiante com o comunicado conjunto, apesar do voto contrário da Hungria, liderada por Viktor Orban. O comunicado apela a uma pausa nos bombardeios que já resultaram na morte de mais de 30 mil palestinos, de acordo com levantamentos recentes.
Além do apelo pelo cessar-fogo, as 26 nações aprovaram uma declaração exortando o governo israelita a reconsiderar sua ação militar planejada na cidade de Rafah, localizada no sul de Gaza. A declaração destaca que um ataque a Rafah “agravaria uma situação humanitária já catastrófica e impediria a prestação urgente de serviços básicos e assistência humanitária”.
O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, explicou que, embora a unanimidade não tenha sido alcançada devido ao veto húngaro, a posição foi respaldada por uma maioria suficiente, demonstrando uma postura comum da União Europeia em relação à situação em Gaza.
