Especialistas alertam que o fim da “saidinha” em datas comemorativas pode aumentar insegurança nas prisões
Especialistas em segurança e ressocialização alertam para as consequências negativas do fim da “saidinha” em datas comemorativas, destacando que a medida pode comprometer o retorno do preso à vida em sociedade. A proibição, segundo os especialistas ouvidos pelo UOL, não apenas reduz as chances de que o detento abandone o crime, mas também torna as prisões mais inseguras.
Dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça revelam que cerca de 95% dos detentos que usufruem da “saidinha” retornam à prisão conforme programado, indicando que a prática contribui para a ressocialização. Diante desse cenário, os pesquisadores destacam a importância de uma abordagem mais cautelosa e apontam para a necessidade de aprimorar a fiscalização, em vez de proibir a saída temporária.
O Senado aprovou um projeto que visa tornar a “saidinha” mais restrita, permitindo que os presos saiam apenas para estudar. Além disso, o projeto estabelece novas regras para a progressão de regime e o uso de tornozeleira eletrônica, buscando equilibrar a segurança pública com a reintegração dos indivíduos na sociedade. A discussão sobre o tema destaca a complexidade do sistema prisional e a necessidade de encontrar soluções que abordem de maneira eficaz a ressocialização dos detentos.