Brasil

Garimpo ilegal devastou 1.409,3 hectares de terras indígenas em 2023, revela estudo do Greenpeace

Um estudo recente realizado pelo Greenpeace Brasil revelou que a atividade do garimpo ilegal foi responsável pela destruição de 1.409,3 hectares de terras indígenas em 2023. Os dados alarmantes indicam uma média equivalente a quatro campos de futebol por dia devastados nas terras dos povos Yanomami, Kayapó e Munduruku.

Essas descobertas são fruto de um extenso monitoramento por satélites mantidos pela organização ambientalista desde 2016. Ao longo desse período, mais de 26,4 mil hectares foram afetados pela exploração ilegal. O estudo identificou a terra indígena Kayapó, no Pará, como a região mais gravemente afetada, com 1.019 hectares derrubados somente em 2023, totalizando mais de 15,4 mil hectares afetados desde o início do monitoramento.

A terra Munduruku foi identificada como a segunda região mais afetada, com 7.000 hectares devastados até o final de 2023. Enquanto isso, a terra Yanomami teve 3.892 hectares desmatados pelo garimpo até o fim do ano passado.

O Greenpeace aponta um aumento significativo de novas áreas de garimpo abertas em janeiro, seguido por uma queda em fevereiro, após o decreto de situação de emergência lançado pelo Governo Federal. Esses dados ressaltam a urgência de medidas efetivas para combater o garimpo ilegal e proteger as terras indígenas, que continuam sob ameaça crescente de devastação ambiental.

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