Deputado Binho Galinha se Manifesta Após Prisão de Esposa em Novo Desdobramento da Operação Hybris
Após a prisão de sua esposa, o deputado estadual Binho Galinha (Patriota) divulgou uma nota à imprensa reafirmando sua disposição em colaborar com a justiça e sua confiança na inocência diante das acusações de envolvimento com um grupo miliciano em Feira de Santana. A operação Hybris, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (9), resultou na prisão de Maiana Cerqueira e no afastamento de cinco policiais militares, todos acusados de participação em uma organização criminosa especializada em lavagem de capitais provenientes de atividades ilegais como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.
Segundo a nota divulgada pela assessoria do parlamentar, Binho Galinha reitera que acompanha com tranquilidade os desdobramentos das investigações e tem colaborado com o Poder Judiciário, negando veementemente as acusações que lhe são atribuídas. A operação Hybris é um desdobramento da operação El Patrón, que teve o deputado como alvo principal em dezembro do ano passado, resultando em mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias e sequestro de propriedades.
Além da prisão de Maiana Cerqueira, nesta nova fase da operação foram cumpridos mandados de busca e apreensão e bloqueio de valores das contas bancárias dos investigados, bem como o afastamento de cinco policiais militares de suas funções públicas e a suspensão de atividades econômicas de uma empresa, conforme decisão da 1º Vara Criminal de Feira de Santana.
A investigação, que contou com o apoio da Receita Federal, Ministério Público Estadual e Força Correcional Integrada, revelou indícios de lavagem de dinheiro, movimentações financeiras incompatíveis e posse de bens não declarados pelos envolvidos. Além disso, constatou-se a participação de outros cinco policiais militares, incluindo um tenente-coronel, que seriam responsáveis pela segurança das atividades ilícitas do grupo miliciano.
A operação Hybris também teve o suporte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco), e as investigações continuarão para apurar possíveis outros envolvidos. Os acusados enfrentam penas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão, caso sejam condenados pelos crimes cometidos.