Filho de deputado estadual é encaminhado ao presídio em Salvador por acusações de chefiar milícia
A prisão do filho do deputado estadual Binho Galinha (Patriota-BA), João Guilherme Escolano, de 18 anos, marca mais um episódio na série de desdobramentos das investigações sobre crimes na Bahia. Escolano foi encaminhado ao presídio em Salvador após audiência de custódia em Camaçari, enquanto sua mãe, Mayana Cerqueira da Silva, teve a prisão preventiva convertida para domiciliar devido à guarda de uma filha ainda criança.
As acusações que recaem sobre Escolano incluem chefiar uma milícia ligada à agiotagem, roubo de carros e outros delitos na região. Essas atividades criminosas são parte de um grupo de 15 investigados, cuja base principal está em Feira de Santana. Desde a última quinta-feira (7), a Polícia Federal e o Ministério Público da Bahia (MP-BA) têm conduzido operações de prisão, resultando em seis detenções e a continuação das buscas por quatro foragidos.
Entre os detidos, estão três policiais responsáveis pela segurança de Binho, que agora se encontram na Coordenadoria de Custódia Provisória. Os policiais foram identificados como Jackson Macedo Araújo Júnior, conhecido como ‘Macaco’; Josenilson Souza da Conceição, apelidado de ‘Ninito’; e Roque de Jesus Carvalho. Todos foram capturados na operação da última quinta-feira.
Investigações revelaram que muitas das empresas de Binho utilizavam ‘laranjas’, e há expectativas de que a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) cassasse seu mandato para efetuar a prisão, uma vez que há provas substanciais do envolvimento do deputado. Além disso, uma mensagem atribuída a Binho sugere ameaças de violência, incluindo uma foto do filho segurando um revólver, supostamente envolvido em extorsão.
A investigação também apontou que o filho do deputado seria responsável por receber o dinheiro do crime, mesmo antes de completar 18 anos, tendo repassado ao pai uma quantia considerável, estimada em R$ 474 mil. Esses desdobramentos intensificam a pressão sobre as autoridades para esclarecerem e responsabilizarem os envolvidos nesse esquema criminoso na Bahia.
