Presidente da Alba anuncia abertura de Conselho de Ética para investigar deputado acusado de chefiar milícia
Após recentes controvérsias envolvendo a Polícia Federal e um deputado estadual, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Adolfo Menezes, anunciou na terça-feira (9) a instauração de um procedimento crucial. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa será aberto nesta quarta-feira (10), visando investigar o deputado Binho Galinha, acusado de chefiar uma milícia especializada em atividades ilícitas.
De acordo com Adolfo Menezes, as circunstâncias recentes exigiram a abertura desse procedimento. “Como a oposição e a situação indicaram seus parlamentares no Conselho, após a publicação desses nomes, amanhã [quarta-feira] já podemos fazer uma reunião”, anunciou.
A composição do Conselho inclui membros indicados tanto pela base governista quanto pela oposição. O líder da base governista, Rosemberg Pinto (PT), nomeou os deputados Alex da Piatã (PSD), Antônio Henrique Júnior (PP), Marcelino Galo (PT), Euclides Fernandes (PT) e Vitor Bonfim (PV) como membros titulares. Enquanto isso, o líder da oposição, Alan Sanches (União Brasil), apresentou como membros titulares os deputados Sandro Régis (União), Samuel Jr. (Republicanos) e Tiago Correia (PSDB).
Segundo o regimento interno da Alba, cabe ao Conselho de Ética examinar as condutas puníveis e propor as penalidades aplicáveis aos deputados submetidos ao processo disciplinar. As possíveis penalidades incluem advertência, censura verbal ou escrita, suspensão de prerrogativas regimentais e suspensão temporária.
O deputado Binho Galinha enfrenta acusações graves, sendo apontado como chefe de uma milícia envolvida em extorsão, agiotagem, receptação de cargas roubadas e lavagem de dinheiro oriundo do jogo do bicho em Feira de Santana e municípios vizinhos. A abertura do Conselho de Ética marca um importante passo para a investigação dessas alegações e possível cassação do mandato do parlamentar.