Bahia

Integrantes do MST se Mobilizam no CAB em Defesa da Reforma Agrária

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão mobilizados no Centro Administrativo da Bahia (CAB) nesta terça-feira (16), após uma marcha estadual que durou oito dias, segundo informações dos organizadores. O grupo chegou a Salvador com o propósito de realizar um ato em defesa da reforma agrária e contra a violência no campo, marcado para esta quarta-feira (17).

A escolha desta data para o ato não foi casual, pois marca os 28 anos do trágico Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, no Pará. O episódio, que resultou na morte de 19 sem-terra em uma ação policial, permanece como um símbolo de luta e resistência para o movimento. Surpreendentemente, dos 155 militares envolvidos, apenas dois oficiais foram condenados, um fato que ressoa nas demandas por justiça e segurança para os trabalhadores rurais em todo o país.

Em consonância com a data, uma sessão especial está agendada para as 10h na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), dedicada a discutir e relembrar os acontecimentos de Eldorado dos Carajás. A iniciativa destaca a importância de manter viva a memória das vítimas e de buscar justiça para os responsáveis.

As atividades na capital baiana coincidem com recentes eventos nacionais relacionados à reforma agrária e à luta pela terra. Na véspera, o presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), lançou um programa voltado para a reforma agrária no país, prometendo medidas para garantir a distribuição equitativa de terras e recursos para os trabalhadores rurais. Além disso, relatos indicam que o movimento invadiu uma fazenda da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Petrolina (PE), como forma de pressionar por mudanças efetivas nas políticas agrárias.

Neste contexto, a mobilização do MST no CAB não apenas demonstra a persistência do movimento na busca por seus objetivos históricos, mas também destaca a urgência de medidas concretas para combater a violência no campo e garantir o acesso à terra e aos recursos para aqueles que nela trabalham.

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