Dólar cai após decisão do Fed e perspectiva positiva para o Brasil pela Moody’s
Após decisões impactantes do Fed e da Moody’s, o dólar apresenta uma significativa queda nesta quinta-feira (2). O banco central americano optou por manter as taxas de juros entre 5,25% e 5,5%, refletindo uma postura de cautela diante da inflação persistente nos Estados Unidos. A nova perspectiva “positiva” para o Brasil pela Moody’s também contribui para a valorização do real. Esses eventos sinalizam mudanças importantes no cenário econômico internacional, influenciando diretamente o mercado cambial.
No comunicado após a decisão, o Fed indicou que as taxas de juros devem permanecer elevadas por mais tempo, considerando a persistência da inflação. O adiamento de cortes nas taxas até o segundo semestre deste ano reflete a necessidade de ganhar confiança no processo de desinflação, conforme declarou o presidente do Fed, Jerome Powell. Embora tenha ressaltado a resistência da inflação nos últimos meses, Powell considera improvável um novo aumento de juros neste ano, o que confirma as expectativas do mercado.
Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, comenta que a decisão do Fed já era esperada, porém, a mudança no comunicado em reconhecer a resistência da inflação indica que os juros não devem cair tão cedo. Essa perspectiva de manutenção das taxas mais altas nos EUA tende a beneficiar o dólar, mas a mudança de perspectiva da Moody’s para o Brasil fortalece o real.
A Moody’s melhorou a perspectiva do Brasil de “estável” para “positiva”, em sua primeira alteração de classificação para o país desde 2018. Essa mudança reflete uma visão mais otimista sobre a economia brasileira, impulsionada por reformas estruturais e melhorias nas condições macroeconômicas. Como resultado, o real ganha força frente ao dólar.
Às 9h15, o dólar recuava 0,93%, cotado a R$ 5,143. Enquanto isso, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas fortes, permanecia estável, indicando o fortalecimento do real sobre a divisa americana. Esses movimentos refletem a reação do mercado às recentes decisões do Fed e da Moody’s, destacando a complexidade e a interconexão dos fatores que influenciam as flutuações cambiais em nível global.