Polícia Federal Desarticula Organização Criminosa de Policiais Militares Envolvida em Venda Ilegal de Armas
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (21) uma operação de grande escala para desarticular uma organização criminosa composta por policiais militares da Bahia e de Pernambuco. O grupo é investigado por envolvimento na venda ilegal de armas e munições para facções criminosas nos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas.
A operação, que conta com mais de 300 agentes federais, além de forças táticas das Polícias Militares da Bahia e Pernambuco e promotores do Gaeco, tem como alvos também os CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) e comerciantes de armas. As ações foram realizadas em Salvador, Lauro de Freitas, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus e Porto Seguro, todas na Bahia.
Conforme as investigações, uma quantidade significativa de armamentos foi desviada através de um esquema de inserção fraudulenta de informações nos sistemas oficiais de controle. Um dos destaques do caso é um sargento da PM de Petrolina (PE), que movimentou cerca de R$ 2,1 milhões em apenas seis meses, valor considerado incompatível com seus rendimentos. Este sargento, segundo delação premiada, liderava um grupo que vendia aproximadamente 20 armas de fogo por mês.
A operação resultou no sequestro de bens e no bloqueio de até R$ 10 milhões em valores dos investigados, além da suspensão das atividades de três lojas de material bélico. A quebra de sigilo telefônico e telemático revelou a estrutura detalhada da organização, que incluía a negociação de armas de uso restrito como fuzis e espingardas semiautomáticas calibre 12. Estas armas são frequentemente utilizadas em assaltos a carros fortes e bancos, bem como em ações conhecidas como “novo cangaço”.
As informações foram divulgadas pela TV Globo, evidenciando o alcance e a complexidade das atividades criminosas desmanteladas pela operação.
