Apontado como o nome preferido do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para suceder Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara dos Deputados, o deputado baiano Antônio Brito (PSD) tem conquistado a simpatia de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a Coluna Estadão, do jornal Estado de São Paulo, Brito tem mantido um diálogo próximo com a bancada do PL, a maior da Casa Legislativa.
Paralelamente, Marcos Pereira (Republicanos-SP), outro nome cotado para a disputa, voltou a ser rejeitado por Bolsonaro. Recentemente, Brito apresentou um projeto para nomear o prêmio de inclusão da Câmara em homenagem a Amália Barros, após conhecer pessoalmente a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro no funeral de uma deputada do PL, ocorrido no dia 12 de maio.
Além disso, atendendo a um pedido da bancada do PL, Brito conseguiu adiar a votação do projeto de regulação do streaming no Brasil, prevista para a última semana. Ao perceber a resistência da direita, ele articulou um encontro entre a ala bolsonarista do PSD e a liderança do PL, prometendo liberar sua bancada na votação.
A postura de Brito é vista como uma estratégia para se posicionar como o “candidato de todos, mas contra ninguém”. Embora busque o apoio do Palácio do Planalto, ele tem afirmado que não será “subserviente ao presidente Lula”. Atualmente, Brito também tenta conquistar o apoio do Centrão na Câmara, que tende a favorecer Elmar Nascimento, outro deputado baiano na corrida pela presidência da Casa.
