Politica

Bancada Baiana Contribui para Derrota de Lula em Análise de Vetos Presidenciais

Deputados baianos, incluindo aliados habituais do governo, votam contra veto presidencial que restabeleceria saídas temporárias de presos; cenário reflete divisão interna e resistência a medidas governamentais.

Em uma noite turbulenta no Congresso Nacional, a bancada baiana em Brasília desempenhou um papel crucial na derrota sofrida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a análise de vetos presidenciais. Em uma sessão conjunta realizada na terça-feira, os parlamentares rejeitaram dispositivos que permitiriam a saída temporária de presos do regime semiaberto em feriados e datas comemorativas. Esse benefício havia sido restaurado por Lula através de um veto a uma lei previamente aprovada pelo Congresso.

Dos 34 deputados federais da Bahia presentes em plenário, 17 votaram contra o presidente, enquanto 15 apoiaram o veto. Essa votação contrastou com o alinhamento usual da maioria dos 39 representantes do estado, que geralmente apoiam Lula. Parlamentares como Pastor Sargento Isidório (Avante), Félix Mendonça Júnior (PDT) e Otto Alencar Filho (PSD), que frequentemente seguem as orientações do Planalto, decidiram votar contra o veto presidencial, mantendo a proibição da chamada “saidinha”.

No Senado, a lealdade ao presidente foi total, com os senadores Jaques Wagner, Ângelo Coronel (PSD) e Otto Alencar (PSD) votando a favor do presidente, embora o filho de Otto Alencar tenha divergido do pai na votação conjunta.

O revés de Lula com a bancada baiana foi mais acentuado em comparação à análise de vetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também enfrentou resistência significativa. Durante a votação de dispositivos que criminalizariam as fake news nas eleições e aumentariam as punições para militares envolvidos em crimes contra o Estado Democrático de Direito, 23 deputados baianos apoiaram as medidas de Bolsonaro, destacando uma divergência ainda mais profunda na tropa do PSD da Bahia na Câmara.

Mesmo com esforços intensos do governo federal para convencer os líderes partidários da importância de endurecer a legislação penal contra práticas que ameaçam a democracia, a resistência prevaleceu, resultando na manutenção dos vetos de Bolsonaro por uma ampla margem de 317 a 139.

No âmbito estadual, o governo Jerônimo Rodrigues (PT) conseguiu aprovar um reajuste linear de 4% para os servidores estaduais graças à eficaz articulação política liderada por Rosemberg Pinto (PT). A decisão estratégica do presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), de proibir o acesso de servidores e sindicalistas às galerias do plenário durante a votação foi um fator decisivo na vitória do governo.

Por outro lado, a oposição ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) começou a investigar os leilões de áreas verdes e terrenos públicos dos últimos 12 anos, focando especialmente em imóveis adquiridos por valores abaixo do lance inicial, como a área de quase 40 mil metros quadrados nos Barris, comprada pelo Grupo Ferreira Costa.

Esta série de eventos destaca a complexa dinâmica política na Bahia e as tensões internas que podem influenciar futuros desdobramentos tanto no cenário estadual quanto no nacional.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Envie sua denúncia
Olá 👋
Fale conosco pelo WhatsApp e envie sua denúncia ou sugestão de pauta.