Investigações seguem para descobrir o que causou o queda do ATR-72 da VoePass
Investigadores analisam caixa-preta e especulam sobre causas possíveis, incluindo condições meteorológicas e falhas técnicas, após acidente fatal na sexta-feira (9).
Na tarde de sexta-feira, 9 de agosto, um avião turboélice ATR-72 operado pela Voepass caiu em uma área residencial em Vinhedo, interior de São Paulo. O acidente resultou na morte de todas as 62 pessoas a bordo, incluindo 58 passageiros e 4 tripulantes.
O avião estava realizando o voo de Cascavel (PR) para o Aeroporto de Guarulhos em São Paulo quando perdeu contato com o Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21 e caiu pouco depois. A aeronave estava voando normalmente até esse ponto, sem relatar nenhuma emergência.
A caixa-preta do avião foi recuperada e os investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) devem apresentar um relatório preliminar em 30 dias. A análise inicial dos vídeos do acidente sugere que o céu estava limpo no momento da queda, mas especulações indicam a possibilidade de acúmulo de gelo, que pode ter afetado a performance da aeronave.
Especialistas, incluindo Anthony Brickhouse e Celso Faria de Souza, sugerem que o gelo pode ter contribuído para a perda de controle. O engenheiro aeronáutico brasileiro afirmou que as condições meteorológicas previstas para o dia indicavam a possibilidade de gelo, embora este deveria estar dentro dos limites aceitáveis. No entanto, a fabricante ATR já havia aprimorado seus sistemas de degelo após um acidente semelhante em 1994.
Por outro lado, John Hansman, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, considera que a falha de motor, mal gerida pela tripulação, também pode ser uma causa possível, com base na análise dos vídeos compartilhados.
A investigação continua para esclarecer as causas exatas do acidente e melhorar a segurança aérea no futuro.