Economia

Dólar opera em alta com tensões no Oriente Médio e investidores atentos à inflação nos EUA e Brasil

Moeda americana sobe 0,41%, cotada a R$ 5,5089, em meio a incertezas geopolíticas e expectativa por dados de inflação que podem influenciar política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

A cotação do dólar iniciou a terça-feira (8) em alta, refletindo a aversão ao risco dos investidores diante do aumento das tensões no Oriente Médio e da expectativa pelos próximos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. A moeda norte-americana subia 0,41%, negociada a R$ 5,5089, mantendo o movimento de valorização iniciado na segunda-feira, quando fechou com alta de 0,55%, cotada a R$ 5,485.

As preocupações geopolíticas, impulsionadas pela escalada de conflitos na região, têm aumentado a incerteza nos mercados globais. Desde o início de outubro, ataques entre Israel e forças iranianas, que envolvem a Faixa de Gaza e o Líbano, elevaram os temores de uma possível crise no fornecimento global de petróleo, o que tem pressionado os preços da commodity. O barril do Brent ultrapassou a marca de US$ 80, favorecendo temporariamente a moeda brasileira devido ao impacto positivo nas exportações do Brasil.

Além do cenário internacional, a atenção dos mercados também está voltada para os dados de inflação que serão divulgados esta semana. Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) será publicado na quinta-feira, com previsão de alta de 0,1% em setembro, frente aos 0,2% de agosto. Estes dados são cruciais para a política monetária do Federal Reserve (Fed), que, em sua última reunião, começou a reduzir os juros em 0,50 ponto percentual, situando-os entre 4,75% e 5%. O foco do Fed é alcançar um “pouso suave” da economia, com inflação convergindo para a meta de 2% sem grandes impactos no mercado de trabalho.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará nesta quarta-feira o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro. Analistas esperam uma alta de 0,46%, em contraste com a queda de 0,02% registrada em agosto. O Copom (Comitê de Política Monetária) já deu sinais de que as futuras decisões sobre a Selic, atualmente em 10,75%, dependerão da evolução da inflação. A meta de 3% para o IPCA segue sendo o principal guia para as políticas do Banco Central.

A expectativa dos investidores é que o ambiente econômico global e local, marcado por incertezas, influencie diretamente os próximos passos nas políticas monetárias dos Estados Unidos e do Brasil, além de continuar impactando o mercado financeiro, principalmente nas negociações cambiais e de commodities.

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