Governo descarta horário de verão em 2024 e estuda possível retorno para 2025
Ministro Alexandre Silveira confirma que condições energéticas atuais afastam necessidade imediata da medida, mas mantém possibilidade de avaliação futura.
O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta quarta-feira (16) que não haverá retomada do horário de verão em 2024. A decisão foi confirmada pelo ministro Alexandre Silveira após reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que apresentou estudos sobre a segurança energética durante o período de seca. O governo federal, entretanto, deve reavaliar a medida para 2025.
“Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretar o horário de verão para este período”, afirmou Silveira. O ministro ressaltou que, apesar de um leve restabelecimento das condições hídricas, o momento atual oferece segurança suficiente para o atendimento da demanda energética até o próximo ano.
De acordo com Silveira, a política do horário de verão não pode ser descartada definitivamente, pois tem efeitos positivos e negativos no setor elétrico e na economia. “É uma medida que sempre deve estar na mesa para avaliação. Não pode ser fruto de análise dogmática ou puramente política”, explicou.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) já havia sinalizado em setembro que o cenário hídrico apresentava melhora, o que contribuiu para a decisão de não adiantar os relógios neste ano. Além disso, a pasta ponderou que o curto prazo tornaria difícil para setores como a aviação ajustarem suas operações a tempo. Tradicionalmente, o horário de verão era aplicado entre outubro e fevereiro de cada ano.
Com a segurança energética mantida, o governo avaliará, ao longo de 2024, se a medida será necessária no próximo ciclo. “Nossa prioridade é assegurar uma decisão baseada em dados técnicos e que atenda ao interesse da população e da economia”, concluiu o ministro.
