Braga Netto Reforça Lealdade a Bolsonaro e Nega Plano de Assassinato
General da reserva, indiciado pela PF por suposta tentativa de golpe, afirma que nunca houve plano para matar o presidente Lula e outros políticos.
A defesa de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro, divulgou uma nota neste sábado (23) reforçando a lealdade do general ao ex-presidente. A nota afirma que Braga Netto foi “um dos poucos, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao presidente Bolsonaro até o final do governo, em dezembro de 2022 e a mantém até os dias atuais”.
A declaração surge após Braga Netto ser um dos 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (21) por suposta participação em uma “associação criminosa” que visava a “abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado”. Segundo a PF, uma das reuniões para discutir o plano, que incluía impedir a posse do presidente Lula e o assassinato de políticos como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, teria ocorrido na casa de Braga Netto em novembro de 2022.
Em resposta às acusações, Braga Netto utilizou a rede social X para afirmar que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assinar alguém”. Ele classificou as acusações como “fantasiosas e absurdas”. A defesa do general também criticou o vazamento de informações do inquérito pela imprensa e alegou que ainda não teve acesso ao relatório da PF.
Na nota divulgada neste sábado, a defesa de Braga Netto reforça a trajetória do general e afirma que ele “sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais”. A defesa acredita que “a observância dos ritos do devido processo legal elucidarão a verdade dos fatos”.