Pelo menos 25 milhões de toneladas de lixo são despejados nos oceanos mensalmente
Falar em preservar o meio ambiente pode ser para algumas pessoas uma “modinha”. Um evento onde alguns desocupados embarcaram para ter o que comentar nas redes sociais, ou fazer parte de um grupo de pessoas, que pensem da mesma forma, ou que tenham os mesmos hábitos estranhos de falar de lixo.
O voluntariado é muito mais que isso. Ser voluntário também pode ser tudo isso, e muito mais.
Buscar pessoas que queiram embarcar nessa aventura que é preservar o meio ambiente. Se preocupar com o futuro do planeta pode ser um discurso estranho, em um mundo capitalista, onde consumir sem consciência ecológica, faz parte do processo de destruição acelerado do meio ambiente.
A velocidade em que o mundo consome, é proporcional à velocidade que os homens destroem o planeta.
Você já se perguntou para onde vão todas às garrafas pet´s, todas ás latinhas de cerveja e refrigerante que você consome em um dia? Para onde vão todas embalagens, e todo plástico que você descarta em um único dia?
O mundo começa a ter noção de que o lixo, de que ás embalagens de uso único estão poluindo os oceanos, matando os peixes e criando ilhas de plástico que flutuam entre os continentes.
A quantidade de aves, peixes, grandes e pequenos que se “alimentam” de microlixo despejado nos oceanos é assustadora. Então algumas organizações ambientalistas, sem fins lucrativos começaram ha mais de uma década, um trabalho de conscientização.
Grandes corporações são o alvo dessas instituições. Mas nada disso muda, se a consciência do consumidor não mudar.
Um estudo que revisou a literatura mundial sobre poluição marinha estimou que pelo menos 25 milhões de toneladas de resíduos são despejadas por ano nos oceanos. E a maior parte disso – 80% – tem origem nas cidades, em razão de uma má gestão dos resíduos sólidos.
Em março de 2018, no Fórum Mundial da Água, realizado em Brasília, foi divulgado que cerca de metade desse lixo que vai parar no oceano é plástico. E que cada tonelada de resíduo não coletada em áreas ribeirinhas representa o equivalente a mais de 1,5 mil garrafas plásticas que vão parar no mar.
Em Salvador, Bahia, existem alguns grupos de voluntários que fazem um trabalho de coleta de lixo marinho. Um pequeno número de voluntários, talvez em um minimo esforço diante da quantidade de lixo que é despejado por minuto em todo oceano Atlântico. Particularmente na Baía de Todos os Santos, mais especificamente no Parque Marinho da Barra, que fica limitado entre dois Fortes; o Farol da Barra, e o Santa Maria.
São várias ações, poucos voluntários, todos preocupados e lutando por um único objetivo: “A preservação do Parque Marinho”.
Um pequeno espaço de beleza natural, que tem como vocação os esportes aquáticos, entre eles o surf, canoagem, mergulho, etc.
Que têm uma importância histórica, arquelógica, pois em um curto espaço, pelo menos três naufrágios com relevância histórica, estão sendo gradativamente destruídos por falta de cuidado e orientação das embarcações que ficam ali fundiadas, sem saber o mal que causam na preservação de um sítio histórico tão importante.
Que seja “modinha, que seja onda, ou um passatempo, mas que sirva de ALERTA para todos nós.
A quantidade de lixo retirada à cada ação pelos voluntários do @ProjetoFundoDaFolia , sirva de impulso para que cada um de nós repense o que fazemos com às embalagens de uso único que descartamos. Que mais pessoas pensem nisso e exijam que materiais reciclados sejam usados em embalagens de alimentos e bebidas.
Essa é à missão de cada voluntário. Essa é à missão de cada um de nós !
Por: @cezinhamarques
fotos: @cezinhamarques / @luizamericocampos