“Eu não desisto do meu país”, desabafa Rui
Na reta final da campanha presidencial, o governador Rui Costa afirmou que “não tem nada decidido”. Em viagem ao interior do estado, o governador pediu esforço, hoje pela manhã (19), em Vitória da Conquista e Jequié, às lideranças políticas regionais para trabalhar na ampliação da vantagem de Fernando Haddad, do PT, na Bahia. “Uma característica verificada em muitos estados é a decisão mais emocional que racional do eleitorado, com mudanças repentinas da escolha do candidato, decidindo o voto na última hora, portanto não tem nada decidido”, afirmou Rui, sobre as eleições presidenciais. “Eu não desisto do meu país”, desabafou em defesa da democracia brasileira e do voto consciente.
O governador Rui Costa disse, na coletiva que concedeu à imprensa, que aguarda o posicionamento da justiça eleitoral sobre a denúncia de que empresas estão comprando pacotes ilegais de envio de mensagens contra o PT no WhatsApp e pró-Bolsonaro. “Se a justiça eleitoral não tomar providências sobre isso, eu acho que a desmoralização da justiça brasileira será grande. A lei não é para todos? ou é para alguns?”, indaga Rui.
Segundo denúncia divulgada na Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira (18), empresários estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens pró-Bolsonaro e contra o PT no Whatsapp, utilizando notícias falsas, as chamadas Fake News. Cada contrato chega a custar R$ 12 milhões. Além de a prática ser proibida, configura abuso de poder econômico, podendo tornar o candidato inelegível.
“O eleitorado que está votando pela moralidade do País não pode concordar com um crime para eleger um candidato. Está sendo usado dinheiro de empresas, o que é crime, e sendo organizado uma quadrilha que montou um caixa 2”, disse o governador. Rui ressaltou, ainda, a importância de eleger um candidato que esteja alinhado com os interesses do povo nordestino, a fim de melhorar a saúde e a educação.
Para o governador, a vitória de Fernando Haddad abre melhores perspectivas para o País, com mais oportunidades de emprego e crescimento econômico. “Se o resultado for adverso, no entanto”, analisa Rui, “aí eu vou ter que trabalhar muito, vou ter que tomar medidas preventivas para não permitir um colapso do estado da Bahia, porque eu acho que o cenário, neste caso, será muito ruim para o Brasil”.