Gabriel Medina é bicampeão de Surf em Pipeline
Quem disse que o Brasil é o país do futebol?
A cada onda surfada se ouvia no bar da esquina os gritos de uma torcida que comemoravam como se fosse um gol.
Gabriel Medina conquistou o bicampeonato mundial dando um show nos tubos do maior palco do esporte no Havaí. Ele confirmou o título de 2018 da World Surf League nas semifinais, depois ganhou o Billabong Pipe Masters em homenagem à Andy Irons, batendo seu último concorrente, Julian Wilson, com outra performance impressionante nos tubos de Pipeline e do Backdoor. Para completar mais uma festa brasileira no Havaí, Medina garantiu o título de campeão da Tríplice Coroa Havaiana para Jessé Mendes, ao barrar o sul-africano Jordy Smith nas semifinais. Fechou com chave de ouro uma temporada dominada pelos brasileiros, que venceram nove das onze etapas do World Surf League Championship Tour em 2018.
Noite no Brasil e inicio da tarde na praia de Pipeline, Gabriel Medina entra na água com o australiano Julian Wilson. O mar não tinha o tamanho, nem à formação do dia anterior, quando ondas tubulares de mais ou menos quinze pés formaram um cenário especial para as centenas de pessoas que estavam na praia, e para os milhões de expectadores que assistiam pela televisão e pela internet, o”maior espetáculo da terra”.
Voltando para Medina e Wilson, ambos deram um show dentro d’água,disputando cada tubo, como se fosse o último. Mas os deuses do surf estavam sorrindo para o brasileiro, que pela segunda vez conquistou o campeonato mundial nas areias havaianas. Mas que pela primeira vez, conquistou o Pipeline Master, um título que faltava na galeria de Gabriel Medina.
Na praia de PIPELINE uma torcida tremulava bandeiras do Brasil, com o se estivéssemos diante de uma final de copa do mundo.
Há muito tempo o Brasil deixou de ser o país da bola. Hoje somos o país do calção, da camisas da lycra, da parafina é da prancha de Surf.
O mundo mudou, e junto com ele às nossas paixões. Somos bicampeões no mundo do surf.
Um esporte que é transmitido ao vivo para todo o mundo. Um esporte dos Reis havaianos, é que hoje é completamente dominado pelos brasileiros.
Temos 3 títulos mundiais. Dois campeões e mais uma fila de jovens surfistas que prometem transformar o que alguns chamavam de sorte, em uma tempestade.
Parabéns Medina. O surf do Brasil agradece.
RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO BILLABONG PIPE MASTERS:
Campeão: Gabriel Medina (BRA) por 18,34 pontos (9,57+8,77) – US$ 100.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Julian Wilson (AUS) com 16,70 pontos (8,77+7,93) – US$ 55.000 e 7.800 pontos
SEMIFINAIS – 3.o lugar com US$ 30.000 e 6.085 pontos:
1.a: Gabriel Medina (BRA) 16.27 x 15.83 Jordy Smith (AFR)
2.a: Julian Wilson (AUS) 14.20 x 11.17 Kelly Slater (EUA)
QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com US$ 19.000 e 4.745 pontos:
1.a: Jordy Smith (AFR) 13.16 x 6.93 Sebastian Zietz (HAV)
2.a: Gabriel Medina (BRA) 19.43 x 14.26 Conner Coffin (EUA)
3.a: Kelly Slater (EUA) 15.53 x 10.17 Yago Dora (BRA)
4.a: Julian Wilson (AUS) 13.50 x 10.07 Joan Duru (FRA)
QUARTA FASE – 3.o=9.o lugar com US$ 14.700 e 3.700 pontos:
1.a: 1-Jordy Smith (AFR)=11.50, 2-Conner Coffin (EUA)=9.43, 3-Ryan Callinan (AUS)=7.93
2.a: 1-Gabriel Medina (BRA)=16.90, 2-Sebastian Zietz (HAV)=11.93, 3-Michel Bourez (TAH)=6.57
3.a: 1-Yago Dora (BRA)=15.97, 2-Julian Wilson (AUS)=12.44, 3-Joel Parkinson (AUS)=7.77
4.a: 1-Joan Duru (FRA)=10.80, 2-Kelly Slater (EUA)=9.20, 3-Jessé Mendes (BRA)=7.00
TOP-22 DO JEEP WSL LEADERBOARD – Ranking das 11 etapas com 2 descartes:
01: Gabriel Medina (BRA) – 62.490 pontos
02: Julian Wilson (AUS) – 57.585
03: Filipe Toledo (BRA) – 51.450
04: Italo Ferreira (BRA) – 43.070
05: Jordy Smith (AFR) – 36.440
06: Owen Wright (AUS) – 35.570
07: Conner Coffin (EUA) – 32.715
08: Michel Bourez (TAH) – 32.395
09: Wade Carmichael (AUS) – 31.915
10: Kanoa Igarashi (JPN) – 30.520
11: Kolohe Andino (EUA) – 27.600
12: Mikey Wright (AUS) – 27.275
13: Willian Cardoso (BRA) – 27.190
14: Sebastian Zietz (HAV) – 26.850
15: Michael Rodrigues (BRA) – 25.215
16: Jeremy Flores (FRA) – 24.520
17: Adrian Buchan (AUS) – 23.945
18: Griffin Colapinto (EUA) – 23.275
19: Adriano de Souza (BRA) – 22.925
20: Ezekiel Lau (HAV) – 22.820
21: Yago Dora (BRA) – 22.725
22: Joan Duru (FRA) – 21.255
——–outros brasileiros:
27: Tomas Hermes (BRA) – 15.670 pontos
28: Jessé Mendes (BRA) – 15.320
33: Ian Gouveia (BRA) – 12.040
36: Miguel Pupo (BRA) – 10.595
38: Wiggolly Dantas (BRA) – 6.255
39: Caio Ibelli (BRA) – 3.780
40: Alejo Muniz (BRA) – 1.665
45: Deivid Silva (BRA) – 420
45: Samuel Pupo (BRA) – 420
G-10 DO WSL QUALIFYING SERIES PARA O CT 2019:
1.o: Kanoa Igarashi (JPN) – 26.800 pontos é top-22 do CT
2.o: Griffin Colapinto (EUA) – 24.300 é top-22 do CT
3.o: Seth Moniz (HAV) – 22.300
4.o: Ryan Callinan (AUS) – 21.660
5.o: Peterson Crisanto (BRA) – 20.750
6.o: Jessé Mendes (BRA) – 20.250
7.o: Deivid Silva (BRA) – 19.860
8.o: Ricardo Christie (NZL) – 18.750
9.o: Leonardo Fioravanti (ITA) – 18.650
10: Jadson André (BRA) – 18.160
11: Soli Bailey (AUS) – 17.200
12: Ezekiel Lau (HAV) – 17.100 é top-22 do CT
13: Jack Freestone (AUS) – 14.400
PERDERAM SUAS VAGAS NO CT EM 2018:
23: Frederico Morais (PRT) – 19.645 pontos
24: Joel Parkinson (AUS) – 17.810
25: Matt Wilkinson (AUS) – 17.155
26: Connor O´Leary (AUS) – 16.565
27: Tomas Hermes (BRA) – 15.670
29: Patrick Gudauskas (EUA) – 15.215
30: Kelly Slater (EUA) – 15.110
32: Michael February (AFR) – 13.085
33: Ian Gouveia (BRA) – 12.040
34: Mick Fanning (AUS) – 11.500
35: John John Florence (HAV) – 10.795
37: Keanu Asing (HAV) – 7.515
39: Caio Ibelli (BRA) – 3.780
PRÓXIMA TEMPORADA – A temporada 2019 do World Surf League Championship Tour, diferente dos outros anos, só vai começar em abril, com o Gold Coast Men´s Pro nos dias 3 a 13 na Austrália. Depois, tem o Rip Curl Pro Bells Beach nos dias 17 a 27 do mesmo mês e aí vem a primeira novidade, o Bali Pro na Indonésia, de 13 a 24 de maio em Keramas, para voltar à Austrália para o Margaret River Pro, de 27 de maio a 7 de junho.
A etapa brasileira passa a ser então a quinta do ano e não mais a quarta como até 2018, com o Oi Rio Pro em Saquarema mudando de data também, de maio para os dias 20 a 28 de junho na “Cidade do Surf” da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Do Brasil, os melhores surfistas do mundo partem para a África do Sul, para disputar o J-Bay Open nos dias 09 a 22 de julho. Depois, voltam a se enfrentar no Tahiti Pro Teahupoo, de 21 de agosto a 1.o de setembro.
A batalha pelo título mundial sai dos tubos da temida bancada de Teahupoo, para as ondas perfeitas do Surf Ranch Pro, com a etapa na piscina de ondas idealizada por Kelly Slater marcada para 19 a 22 de setembro. Depois, vem a “perna europeia” no mês de outubro, com a etapa da França nos dias 03 a 13 e a de Portugal de 16 a 28, antes do Billabong Pipe Masters fechar a temporada nos dias 08 a 20 de dezembro no Havaí.