A RELAÇÃO COM O GOVERNO VAI PIORAR – Presidente do Senado afirma que ataques de aliados de Bolsonaro no Twitter prejudicam o governo
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), criticou duramente na noite desta segunda-feira a relação do governo com o Congresso . Segundo ele, a tendência é que após a aprovação da reforma daPrevidência o clima entre Palácio do Planalto e o Parlamento piore de vez. Um dos principais motivos da animosidade são os ataques que os parlamentares vêm sofrendo nas redes sociais vindos de aliados do presidente Jair Bolsonaro .
Alcolumbre disse, em um jantar promovido pelo site “Poder 360”, ter se tornado alvo recente de militantes bolsonaristas que acusariam ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de estarem gestando uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que os permita disputar a reeleição para o comando das respectivas Casas. O tema tornou-se alvo de crítica de Bolsonaro no sábado.
“Todos os dias eu recebo telefonema de 5, 6, 7, 8 líderes querendo fazer uma carta e manifestação em repúdio a uma manifestação do presidente. Qual a novidade da semana? É o negócio de uma PEC que não existe. Alguém falou que os presidentes da Câmara e do Senado querem dar um golpe – e se é PEC não é golpe – e o presidente da República disse que é um absurdo. Por que falou isso? E no mesmo dia que falou isso, que o cara que está no poder sai na frente, ele diz que se não tiver uma reforma política adequada ele é candidato à reeleição”, afirmou Alcolumbre.
O presidente do Senado, no entanto, não descartou tentar permanecer mais dois anos no cargo se uma proposta do gênero for aprovada.
” Eu ficando dois anos, ou, se tiver uma PEC, quatro anos, alguém vai dizer que um dia passou (pela presidência do Senado) o Davi, que virou presidente do Congresso, que aprovou uma reforma pra ajudar o Brasil, que não ligou para crítica, não ligou para ofensa e trabalhou. Se eu ficar ligando pra negócio Twitter, não vou ter tempo de trabalhar. Inclusive, se cancelar uns cinco pacotes de dados de Twitter na República a gente vai bem. Não precisa de muito, só uns cinco e o Brasil vai andar.” Informações de O GLOBO. Foto: Agência Senado.