Governadores do Nordeste cobram anulações de julgamentos da Operação Lava Jato.
Os governadores do Nordeste divulgaram neste domingo (30), uma carta que pede uma apuração severa nas novas denúncias no escândalo na Operação Lava Jato. Com base novos em diálogos entre membros do Judiciário e do Ministério Público, recentemente publicados pelo site Intercept Brasil, que dessa vez envolve o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Na carta os governadores pedem que as apuração sejam com independência e transparência”.
“As seguidas revelações de conversas e acordos informais são de muita gravidade. As conversas anormais configuram um flagrante desrespeito às leis, como se os fins justificassem os meios”, avaliam os gestores. Para eles, não se trata de pequenos erros; mas erros que envolvem vidas de seres humanos e suas histórias. “Que se revelam alteradas em julgamentos fora das regras constitucionais, legais e éticas. Todos sabem que um juiz deve ser imparcial e por isso não pode se juntar com uma das partes para prejudicar a outra parte. Acreditamos que a defesa da real imparcialidade dos juízes é um tema de alto interesse inclusive para eles próprios. Assim, manifestamos nossa confiança de que a imensa maioria dos magistrados e membros do Ministério Público que, com seriedade e respeito à lei fazem o verdadeiro combate à corrupção e outros crimes, podem apoiar as necessárias investigações nesse caso”, reiteram.
Os governadores do Nordeste concluem a carta alertando que boa parte dos trechos divulgados envolvem ações irregulares do MPF e tem como principal articulador dessa ação o procurador chefe da operação.
“Agora, um dos trechos das conversas divulgadas destacam o procurador Deltan Dallagnol sugerindo busca e apreensão na residência do hoje Senador pela Bahia, Jaques Wagner. E a justificativa do coordenador da Lava Jato? “Questão simbólica”, ou seja, ao lixo o direito. É mais uma revelação de extrema gravidade e com base em todos esses dados, reivindicamos a pronta e ágil apuração de tudo, com independência e transparência. É preciso também avaliar o afastamento dos envolvidos. Defendemos, ainda, a revisão ou anulação de todo e qualquer julgamento realizado fora da legalidade”.