O jornalista Paulo Henrique Amorim, 77 anos, faleceu na madrugada desta quarta-feira de um enfarto do miocárdio. PHA como era conhecido na intimidade por seus colegas de redação, estava no Rio de Janeiro e tinha saído para jantar com amigos. Ele estava em casa quando sofreu um enfarto fulminante.
Paulo Henrique nasceu em 22 de fevereiro de 1942, estreou no jornal A Noite, em 1961. Depois foi trabalhar em Nova York, como correspondente internacional da revista Realidade e, posteriormente, da revista Veja.
Na televisão, passou pela extinta TV Manchete e pela TV Globo, também como correspondente internacional em Nova York.
Em 1996, deixou a TV Globo e foi para a TV Bandeirantes, onde apresentou o Jornal da Band e o programa Fogo Cruzado. Depois, foi para a TV Cultura.
Em 2003, foi contratado pela Tv Record, onde apresentou o Jornal da Record segunda edição. No ano seguinte, ajudou a criar a revista eletrônica Tudo a Ver na emissora. Em 2006, assumiu a apresentação do Domingo Espetacular, onde ficou até junho deste ano, quando foi afastado depois de entrar em conflito com a emissora, devido ao seu posicionamento politico.
Segundo informações, Amorim foi afastado à pedido da presidência da república, que se sentia incomodado com o posicionamento politico do jornalista.
Nas redes sociais PHA comandava o @conversaafiada, onde destilava seu bom humor e criticas para lá de contundentes aos representantes do executivo, legislativo e judiciário. Com o seu bordão, “Olá tudo bem?”, ele conquistou uma legião de seguidores, o respeito dos colegas, e a admiração dos adversários.
Nós desse @Bahiapress, ficamos extremamente tristes com à perda desse, que era um dos melhores jornalistas desse país. Em tempos difíceis, de uma censura velada, e de retrocesso na liberdade, fundamental para prática do jornalismo, perder Paulo Henrique Amorim, é como perder um general em um campo de batalha.
Segue à luta, segue o barco, e à faca sempre continuará afiada.
