HACKERS – Destino de mensagens serão decididos na justiça
A investigação da Polícia Federal sobre o grupo liderado por Walter Delgatti Neto, suspeito de atividade hacker que reconheceu ter copiado conversas de procuradores da Lava Jato, deu origem a uma disputa jurídica que deverá se estender nos tribunais: qual o destino a ser dado às mensagens e quem poderá ter acesso a elas? De acordo com a coluna Poder, da Folha, deste domingo (28), a partir de agora, as mensagens copiadas por Delgatti de contas dos procuradores no Telegram, ficarão sob a guarda do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, onde tramita a Spoofing.
A dúvida levantada é “se” e “quando” elas poderão ser usadas por advogados dos réus da Lava Jato. Moro já afirmou que pretende destruir as conversas, sob o argumento de que “são imprestáveis”. A Ordem dos Advogados do Brasil se manifestou sobre essa declaração e ponderou que a sugestão de Moro “atenta contra a competência” do Supremo, que poderá “ser chamado a apreciar os fatos”. A decisão fica a cargo do juiz Vallisney.
Ainda segundo a Folha, na hipótese do juiz manter a integridade das provas, para que os advogados tenham direito a cópias integrais ou parciais dos textos, seria necessário realizar uma perícia criminal.