Edvaldo Brito: “A bancada do prefeito rompeu com os pobres da cidade”
Indignado com a não aprovação do seu projeto que adiava o pagamento de impostos municipais como IPTU e ISS, o vereador Edvaldo Brito (PSD) se retirou da sessão de hoje (05.05) da Câmara e responsabilizou a bancada governista e o prefeito de terem abandonado os mais necessitados da capital baiana. Pelo projeto, apresentado há cerca de 20 dias e somente hoje apreciado, o vereador, que também é jurista, propôs que, em função da pandemia, os prazos de recolhimento dos tributos municipais relativos a março e abril fossem pagos nos próximos meses de julho e setembro, respectivamente, mediante comprovada carência de recursos do contribuinte, tudo fundamentado na Constituição Federal e na Lei Orgânica do Município. Mesmo aprovada por unanimidade pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Orçamento, a maioria dos vereadores que apoia o prefeito derrotou a proposta por 19 x 11 votos. Edvaldo Brito participava da sessão através de teleconferência e, indignado, se retirou encerrando a sua participação: “peço licença para sair, até para me recompor da emoção que estou tomado por conta dessa grande decepção, pois não esperava esse posicionamento contra o povo de Salvador de pessoas que foram eleitas justamente para lutar por esses cidadãos. Ficou claro que a administração municipal não está preocupada com os menos favorecidos e não enxerga que essa postura poderá ser a sua própria morte, pois como a cidade sobreviverá quando secar a fonte dos impostos, quando todos deixarem de pagar IPTU e ISS?”, perguntou o vereador. Brito explica que o projeto é principalmente para os que estão em dificuldades, sem conseguir o pão de cada dia porque estão impedidos de trabalhar. E concluiu, direcionando seus canhões para o Palácio Thomé de Souza: “o prefeito é o responsável por tudo, por não deixar que os necessitados adiem o pagamento dos impostos municipais, porque se ele não comanda a bancada mostra que perdeu a liderança, e, se comanda, ele é muito ruim. Em qualquer hipótese, está abandonando os cidadãos que estão sem conseguir obter uma renda”.